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sexta-feira, janeiro 30
Fala povo
Agora tem um trequinho aí na barra do lado pra quem quiser se manifestar, contar suas descobertas pela cidade, ou simplesmente me detonar. Falem! quinta-feira, janeiro 29
Mais dicas
A visita ao Tietê rendeu mais um recurso bacana para a exploração da cidade: a revista "Cultura", publicação mensal gratuita da prefeitura. Esse mês, claro, ela é toda dedicada aos 450 anos. E tem muito informação boa. Tem páginas e páginas de história e detalhes curiosos de lugares famosos como o Masp e o Edifício Martinelli e outros nem tanto como o obelisco do Largo da Memória e a Capela do Morumbi. Já entraram todos na enorme lista de lugares por explorar. E tem também todo o extenso roteiro cultural da cidade. Muita gente ignora que a prefeitura promove uma enormidade de eventos gratuitos, desde ciclos de cinema de no Centro Cultural até exposições fotográficas nas bibliotecas dos bairros. Para quem tem tempo e disposição, tem muita coisa pra fazer, gastando só a passagem do metrô ou ônibus. Me lembrei do meu primeiro ano de faculdade (1996), quando eu e a Rachel devorávemos tudo que era evento cultural da cidade. E todo mês eu passava no Centro Cultural pra pegar a edição dessa revistinha e caçar coisas pra fazer. Agora morando ainda mais perto e com quase a mesma quantidade de tempo livre que naquela época, vou com certeza retomar esse costume, que sempre rende também uma espiadinha no que está rolando de bom no CCSP. É só começar a cavucar que a cidade vai se revelando. Fascinante. Terminal Tietê
Calma, a principal rodoviária da cidade com certeza não está na lista dos meus lugares preferidos. Mas de vez em quando falta grana até pra passagem da Gol e a gente se vê obrigado a encarar aquele pequeno inferno de gente indo e vindo, e vale a experiência. Hoje minha amiga australiana estava chegando de Foz do Iguaçu, e resolvi buscá-la. Ficar ali no desembarque observando já é interessante. Fiquei olhando os nomes das cidades de origem (agora tem um modernoso painel eletrônico). Jundiái, Piracicaba, Poços de Caldas, Uruguaiana, Assunção, Belém do Pará. De vez em quando encosta um São Geraldo vindo de muito longe no Nordeste (pra se ter uma idéia, só pra chegar em Salvador, a primeira capital no sentido daqui pra lá, são 35 horas de viagem), e você espera ver os retirantes do Graciliano Ramos descendo do ônibus. É claro que muita coisa mudou daquele tempo pra cá, no século 21 a São Geraldo já tem até venda de passagem pela internet. Mas a cara das pessoas deve ser bem parecida, procurando aquele parente que veio alguns anos antes e se deu bem na cidade grande, imaginado "que danado eu vim fazer aqui", juntando a filharada. E o número e o tamanho das malas, gente! Aquelas que são tipo uma sacola de feira gigante dominam, mas tem também muita caixa coberta de fita crepe. Lembrei da amiga que tinha vindo buscar e pensei que inferno seria chegar nesse terminal sem falar a língua nem ter ninguém pra te buscar. Um mar de gente, pouca informação. Tem lá um balcão com aquele "i" grande, "Tourist information", mas aquelas mocinhas não pareciam saber falar nem português direito (pode ser puro preconceito, admito), quanto mais inglês. O andar de cima passou por uma reforma, está mais ajeitadinho. Tem todo tipo de loja, acho que aquele deve ser o shopping de muita gente que mora por ali. Mesmo assim, a estrutura de concreto aparente, o tamanho opressor e o clima de caos permanente do terminal não são a melhor recepção para quem resolveu desembarcar por aqui. Pode-se argumentar que a cidade lá fora é hostil de qualquer jeito, mas não seria melhor descobrir isso aos poucos? Muita gente deve ter tido vontade de correr de volta pra dentro do ônibus. quarta-feira, janeiro 28
Guia valioso
Depois da rápida exploração de hoje, voltei pra casa empolgado e entrei no site da Associação Viva o Centro. É imperdível. Eles fizeram uns cinco ou seis roteiros turísticos em áreas diferentes do centro. Cada roteiro tem um mapinha, cada um com um monte de pontos de interesse, e o melhor: quase todos os lugares são acompanhados por textinhos bacanas e informações úteis, como horário de funcionamento e telefone. É uma delícia. Fiquei com vontade de imprimir tudo e sair amanhã percorrendo. É o que vou fazer, provavelmente. Alguém sabia, por exemplo, que existe um museu do Teatro Municipal, que explica a construção deste prédio que domina a paisagem do chamado centro novo? E que a empresa que construiu o primeiro viaduto do Chá (o que está lá foi feito depois) cobrava pedágio de quem passava? Eu não sabia. Pelo que fucei no site, acho que não existe uma versão impressa desse precioso guia. Uma grande pena. Mesmo assim, já fiquei extremamente satisfeito com o trabalho da associação. Estou vendo que só o centro da cidade já vai dominar esse começo da minha exploração. Bom, faz sentido, afinal, foi onde tudo começou. Melhor ainda porque é pertinho da minha casa... Centrão
É sempre uma delícia quando preciso ir no Diário do Comércio, que fica na rua Boa Vista. Aquela área do centro é a minha preferida, adoro me perder andando pelos calçadões, tentando aprender os nomes e descobrir cantinhos novos. Cheguei na hora, mas descobri que ia ter que esperar muito. No problem, vou passear. Depois de almoçar num kilão bacana e com o pretexto de encontrar uma loja para consertar meu celular, fiquei perambulando, guardando idéias para o city tour que pretendo fazer com minha amiga australiana. A atmosfera do lugar já é bacana. Primeiro que é uma das áreas mais limpinhas do centro, e cheia de polícia pra todo lado. Claro que tem um monte de camelô, mas dá até pra dizer que eles fazem parte do clima. O área é meio que um centro financeiro: tem a Bovespa, a BM&F, todos os bancos na rua Boa Vista e, claro, o prédio-símbolo do Banespa (que dá pra ver da minha janela!). Boa chance então de os engravatados que andam por ali deve serem executivos de banco ou megainvestidores ou algo assim, o que dá, forçando um pouco, ares de Wall Street à região. Registrei na memória que dá pra subir no prédio do Banespa de graça, vou fazer isso com a Penny. Depois parei um tempinho no Pátio do Colégio. Sempre tento imaginar a paisagem, como seria aquilo ali 450 anos atrás. Difícil! Registrei também pra depois o Museu Anchieta. Será que vale a pena? Absorvi bem aquele pedaço por um tempo. Os prédios antigos são bem bacanas, e todos em bom estado. Acho que um deles costumava ser a sede do governo estadual. Que aliás transferiu um monte de secretarias na região, inclusive a da Segurança Pública, o que só ajudou a dar um upgrade no pedaço. Voltei pela Boa Vista e resolvi atravessar o Viaduto do Chá. A nova prefeitura! Ainda está embrulhada pra presente. Dali de cima do viaduto, parei um pouco pra observar o Anhangabaú. Morri de vontade de trabalhar por ali e fumar um cigarro sentado num banquinho na frente do antigo prédio do Correio depois do almoço. Quando ia atravessando pro Teatro Municipal, me ligaram do Diário. Depois de resolvidos meus negócios por lá, voltei à exploração. Agora no Largo de São Bento. Descobri um lance bem legal: a prefeitura instalou em uns 20 pontos da cidade panéis com reproduções de uns desenhos de marcos importantes, feitos na época do quarto centenário. Eu vi o do mosteiro de São Bento, que é muito bacana. Uma das imagens mostra o antigo mosteiro (o atual é de 1912) no alto da colina, visto do rio Tamanduateí (hoje canalizado, mais ou menos onde é o parque D. Pedro). Em vez da confusão dos camelôs da rua 25 de Março, tem umas casinhas, muitas áreas verdes e umas paulistanas de centenas de anos atrás lavando roupa no rio (!!). Precisei ir embora, mais uma vez sem conhecer a famosa loja de pães dos monges beneditinos. Fica pra próxima. Agora vou caçar no site da prefeitura o mapa desses painéis, acho que deve ser um roteiro bem legal de fazer. Rapaz 3.0
Com muita inveja e sem o menor pudor, roubei a idéia de uma amiga para um blog e fiz um igual, ou bem parecido. Tinha desistido de ter blog, mas achei o tema bacana e quis fazer também. A idéia é explorar a cidade e contar tudo aqui. Claro que ficamos todos muito entusiasmados com todo o hype dos 450 anos, e a cidade está cheia de novidades, então não pode ter uma época melhor. Nasci em Brasília mas adotei São Paulo há 14 anos, e acho que conheço muitos cantos da cidade que alguns paulistanos nem sonham que existem. Aqui vou registrar alguns dos meus preferidos e novos lugares que eu descobrir. E pra dar uma turbinada inicial, resgatei dos dois blogs anteriores (Rapaz! 1.0 e Rapaz!Austrália) posts que tinham a ver com o tema. |
Relatos das minhas explorações por São Paulo SP450, de onde a idéia para o blog foi discaradamente copiada Viva o Centro: muita informação bacana e roteiros para conhecer a fundo... o centro, ora! março 2003 abril 2003 setembro 2003 outubro 2003 janeiro 2004 fevereiro 2004 abril 2004 Rapaz! 1.0 Rapaz!Austrália |